Abra a porta, ó minha querida!
Sinta a emoção deste trovador
É seu verso, é seu canto, é sua vida...
Venha ouvir uma canção de amor!

Abra a porta de seu coração!
Eu vim contar tudo que sinto
Carece de chuva o meu sertão
Está sedento, este flamingo.

Preciso contar-lhe minha história
Bem antes do alvorecer...
Por favor, não me deixe ir embora
Minha paixão, meu bem-querer!

Ao menos a janela, ó minha querida!
Atenha-se no que eu tenho a dizer
Você é a seiva que, à planta, dá a vida
O doce néctar que faz este colibri viver.

Não a fenda por onde entra ar e luz
Mas a da alma, que acolhe a emoção
Não com a dureza que a razão conduz
Mas com a compassividade do coração.

Venha ouvir esta canção de amor!
É meu verso, meu canto, minha vida...
Sinta a emoção deste humilde trovador
Abra a porta, a janela, ó minha querida!

Sebastião Brito Filho